terça-feira, 31 de março de 2015

Anvisa apura denúncia de que falsários tentam se passar por funcionários da Agência

A Coordenação de Segurança Institucional iniciou um processo de investigação para apurar denúncias de estelionato, em que terceiros estariam tentando se passar por funcionários da Anvisa.Segundo as denúncias, um falsário telefona para diretores de empresas do setor regulado pela Agência e alega falar em nome do Diretor-Presidente da Anvisa. Quando não tem êxito no contato telefônico, deixa um dos telefones da Agência para o retorno da ligação.A Coordenação de Segurança Institucional já acionou os órgãos policias para procederem à investigação do caso.

Fonte: ANVISA

terça-feira, 17 de março de 2015

SOCIEDADE DE ORTOPEDIA E A EXPANSÃO DO REGISTRO E RASTREAMENTO DAS PRÓTESES DE JOELHO E QUADRIL

Publicado em  por SBOT
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, se prepara para a ampliação do Registro Nacional de Artroplastias (quadril e joelho) pela ANVISA e Ministério da Saúde. Iniciativa da SBOT em 2007, hoje encontra-se em fase de expansão para o Brasil inteiro, após parceria com a ANVISA.
O presidente da SBOT, Marco Antonio Percope, explica que o projeto, Registro Nacional de Artroplastias, se constitui num imenso desafio, já que em virtude de sua extensão territorial, será muito mais complexo do que nos países em que foi concluído, como Suécia, Noruega, Hungria, Escócia e Romênia, entre outros.
“O Registro é uma moderna ferramenta baseada em evidência e pressupõe que todas as cirurgias de implante de próteses sejam registradas com os dados do paciente, data da intervenção, técnica empregada, prótese usada com informações sobre a marca, o modelo o lote a validade, bem como informações sobre o hospital, o cirurgião responsável e outros detalhes”.
Como novos implantes e métodos são introduzidos à medida que a Medicina evolui e como próteses de joelho e quadril  tem que ter uma sobrevida variável de no mínimo 15 anos, o projeto levará à formação de importante banco de dados, inexistente hoje, apesar do Brasil ter iniciado a colocação de próteses há mais de 40 anos. Vai nos demonstrar a durabilidade do implante, eliminando ao longo dos anos produtos que apresentem problemas, resultando em melhorias da qualidade do material de implante.
Os ortopedistas Luis Carlos Sobania e Sergio Okane, envolvidos desde o início dos trabalhos, adiantam que foram feitos projetos-piloto nos hospitais de Curitiba, Uberlândia e Batatais, envolvendo uma população estimada em dois milhões de habitantes. A expectativa é que com o passar do tempo, o Registro formará uma importante base de dados. Com ela se  saberá estatisticamente quais as próteses que sofrem menos desgaste, quais as complicações mais comuns, como soltura asséptica, e quais as técnicas de melhor desempenho, pois a prótese pode ser cimentada ou não, qual a incidência de complicações e, principalmente, qual a satisfação dos pacientes operados depois de vários anos convivendo com as próteses.
ANVISA e Ministério
O projeto é ambicioso e envolve ANVISA e Ministério da Saúde, explica Okane, porque leva em conta a legislação de regulamentação dos implantes, de 1999, as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos, do ano 2.000, as conclusões do I Fórum de Segurança Sanitária de produtos para a Ortopedia, promovido pela ANVISA em 2004, o Fórum sobre Avaliação de Implantes Ortopédicos, realizado no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia e também a Câmara Técnica de Implantes, criada pela Associação Médica Brasileira, que debateu as posições por vezes divergentes entre operadoras da saúde complementar e gestores, de um lado, e os médicos, de outro.
Os projetos-piloto foram financiados pela SBOT e, a partir dessa experiência, foi aprimorada a ficha de dados que permite o acompanhamento e monitoramento dos resultados clínicos a longo prazo dos pacientes, desenvolvida a partir das fichas usadas na Nova Zelândia, Suécia e Noruega, entre outras.
Coube à Universidade Federal de Santa Catarina o desenvolvimento do ‘software’ do Registro, testado em Curitiba e, no futuro, o objetivo é ampliar o Registro para acompanhar implantes de stents, marca-passos e próteses mamárias. O RNI é metas da ANVISA e da Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde.
Os trabalhos preparatórios para a implementação nacional do RNI estão avançados, conta o presidente da SBOT, Marco Antonio Percope. “O projeto se torna mais oportuno quando o País quer qualidade na sua saúde e este é o papel fundamental de nossa sociedade, que valorizará os nossos profissionais e o nosso Sistema de Saúde Público ou Privado, mantendo o propósito de evitar o conflito de interesse que possa existir e nos mantermos dentro de nosso Código de Ética Médica”, conclui Marco Percope.

Como prevenir a osteoporose

A osteoporose é uma doença óssea metabólica comum e a principal causa de fraturas por fragilidade esquelética.
Ela é caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas.
Prevenção da osteoporose
Os cuidados para evitar a doença podem começar desde a infância, com a adoção de hábitos saudáveis pelas crianças que podem prevenir ou minimizar o aparecimento da doença na vida adulta.
Na alimentação - para qualquer idade - o consumo de leite e derivados, importantes fontes de cálcio, é fundamental - o leite pode ser consumido na forma desnatada ou semidesnatada.
Para tornar a vida ainda mais saudável, também é indicado praticar atividades físicas de baixo impacto (como caminhadas), pois o sedentarismo pode ser fator de risco para outras doenças como dores reumáticas, obesidade, diabetes e doenças cardíacas. A realização de práticas corporais e atividades físicas diminui o risco de osteoporose, doenças do coração, diabetes, depressão, certos tipos de câncer.
Outra recomendação é a exposição solar do rosto, tronco e braços antes das 10 horas ou após as 16 horas por no mínimo 15 minutos, 2 a 4 vezes por semana, salvo por contraindicação dermatológica.

Como prevenir a osteoporose

Recentemente, pesquisadores da NASA criaram um exame que detecta a osteoporose precocemente.[Imagem: Cortesia Mayo Foundation]

Fatores de risco para osteoporose
A osteoporose não provoca dor, mas pode resultar em fratura espontânea de uma vértebra enfraquecida pela doença.
Vários fatores de risco estão associados tanto com o desenvolvimento da osteoporose quanto com suas fraturas:
  • história prévia de fratura
  • baixo peso
  • sexo feminino
  • raça branca
  • fatores genéticos (como existência de parente de primeiro grau com fratura sem trauma ou com trauma mínimo)
  • fatores comportamentais (tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, cafeína e falta de atividade física regular)
  • baixa ingestão de cálcio alimentar
  • estado menstrual (menopausa precoce, menarca tardia, amenorréias)
  • uso de drogas (corticosteróides, anti-epilépticos, hormônios tireoideanos, ciclosporina)
  • doenças endocrinológicas (hiperparatireoidismo primário, tireotoxicose, síndrome de Cushing, hipogonadismos e diabete melito)
  • doenças hematológicas (mieloma múltiplo)
  • doenças reumatológicas (artrite reumatoide)
  • doenças gastroenterológicas (síndrome de má-absorção, doença inflamatória intestinal, doença celíaca) e
  • doenças neurológicas
Fonte: Diário da Saúde

domingo, 25 de janeiro de 2015

Cientistas desenvolvem estrutura de titânio para cobrir implantes ósseos

Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu uma estrutura de titânio para cobrir os implantes ósseos, um avanço que permitirá reduzir o risco de infecção e rejeição que estas intervenções provocam.
Vista lateral das nanocolunas de titânio que revestem implantes ósseos (Foto: Divulgação/CSIC)
O estudo, realizado por membros das instituições espanholas Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e da Universidade Complutense de Madri, aparece publicado na revista "Acta Biomaterialia".
A descoberta alcançada por esta equipe de pesquisa é a base do projeto Nanoimplant, um dos ganhadores do prêmio de inovação biomédica IDEIA2 Madri em sua edição de 2014, uma iniciativa da comunidade Autônoma de Madri e do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).
As propriedades antibacterianas deste achado, patenteado pelo CSIC e pela Universidade Complutense de Madri, se devem à formação de uma superfície nanoestruturada similar à qual se observa nas asas de cigarras e nas folhas da flor de lotus. O CSIC explicou que os cientistas alcançaram esta propriedade sem a necessidade de empregar elementos antibióticos.
A maioria das infecções em implantologia óssea, que a cada ano afeta milhares de pacientes, têm sua origem na intervenção cirúrgica. Por isso, explica José Miguel García-Martín, pesquisador do CSIC no Instituto de Microeletrônica de Madri, "se a superfície do implante estiver recoberta de um material que impede a adesão e proliferação de bactérias sem afetar seu biocompatibilidade, terá sido dado um grande passo".
A nanoestrutura das prótese é fabricada com um processo denominado pulverização catódica ou "sputtering" já empregado a escala industrial na produção, por exemplo, de discos rígidos, painéis fotovoltaicos ou espelhos.

Fonte: Portal G1 - Ciência e Saúde (10.1016/j.actbio.2014.12.023)

57,4 milhões de brasileiros têm pelo menos uma doença crônica

Hipertensão, problemas na coluna e colesterol alto estão entre as prevalências no país, segundo pesquisa inédita realizada pelo Ministério da Saúde e IBGE.
Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (44,5%) – são 34,4 milhões de mulheres e 23 milhões de homens (33,4%) portadores de enfermidades crônicas.
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.

“Esta pesquisa traz o retrato atual da saúde da população. Temos de trabalhar de forma intersetorial para reverter esse quadro, incentivando a prática de exercícios físicos e outras medidas voltadas a um estilo de vida mais saudável. As equipes de Saúde da Família têm tido uma atuação importante nessa área, com a realização de grupos de caminhada e de dança, e muitas cidades tem valorizado as ciclovias, por exemplo. Temos de romper esse hábito de sentar na frente da televisão e chamar a atenção da população sobre o sedentarismo. O Ministério da Saúde, agora, tem um desafio ainda maior com o Mais Especialidades, direcionando o nosso olhar aos dados da PNS”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O estudo classificou ainda a presença das doenças crônicas por região, mostrando que o Sul e o Sudeste obtiveram os maiores índices – com 47,7% e 39,8%, respectivamente. Em números absolutos, isso significa 10,3 milhões de habitantes do Sul e 25,4 milhões do Sudeste. O Centro-oeste é a terceira região com maior prevalência – 4 milhões de pessoas (37,5%), seguido do Nordeste e o Norte, com 36,3% e 32% dos habitantes – sendo 14 milhões de nordestinos e 3,4 milhões dos que vivem na região Norte. Em todas as regiões as mulheres tiveram maior prevalência quando comparadas aos homens. Isso ocorre pelo fato delas procurarem atendimento em saúde de forma espontânea com mais frequência do que os homens, facilitando assim o diagnóstico de alguma possível doença crônica.
Realizada entre agosto de 2013 a fevereiro de 2014, a PNS tem como objetivo servir de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos. Durante o levantamento, foram entrevistados 63 mil adultos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Essa é a primeira parte da pesquisa; uma segunda fase trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros. 
Hipertensão e Diabetes – Doenças crônicas de grande magnitude, sendo também as mais graves, a hipertensão e o diabetes foram alvo de profunda investigação da PNS. A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 31,3 milhões de pessoas acima de 18 anos, o que corresponde a 21,4% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 24,2% das mulheres e 18,3% dos homens.
A proporção de hipertensos no país aumenta com o passar da idade. Entre os jovens, de 18 a 29 anos, o índice é de apenas 2,8%; dentre as pessoas de 30 a 59 anos é de 20,6%, passando para 44,4% entre 60 e 64 anos, 52,7% entre 65 e 74 anos e 55% entre as pessoas com 75 anos ou mais. O acesso à informação também é visto como um fator de proteção. A PNS revela que 31% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto afirmaram ter a doença. A proporção se reduz quanto maior a escolaridade – caindo para 16,7% entre os com ensino fundamental. No entanto, em relação às pessoas com superior completo o índice é de 18,2%.
O levantamento mostra também que o acompanhamento da Atenção Básica tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença. De acordo com a PNS, 69,7% dos hipertensos receberam assistência médica no último ano, sendo que 45,9% foram tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Destes, 56,4% afirmaram que o médico que os atendeu na última consulta era o mesmo das anteriores e outros 92% afirmaram que conseguiram realizar todos os exames complementares. Já 87% dos pacientes foram encaminhados para consulta com médico especialista e conseguiram o atendimento.
Outro importante dado apontado pela PNS é a obtenção do medicamento para o tratamento. No Brasil, 35,9% afirmaram obter pelo menos um medicamento para hipertensão por meio do Programa Farmácia Popular. Além disso, 91,1% receberam recomendações médicas para reduzir a ingestão de sal; 87,4% para a realização de acompanhamento regular; 88,4% para a manutenção de uma alimentação saudável e 84,7% para a manutenção do peso adequado.
O sudeste é a região com maior prevalência da hipertensão arterial (23,3%), seguida pelo Sul e o Centro-Oeste, com 22,9% e 21,2%. Nordeste e Norte têm as menores prevalências, registrando índices de 19,4% e 14,5% da população. Somente 3% dos entrevistados afirmaram nunca terem aferido a pressão arterial.
Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres (7%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (5,4%) – 5,4 milhões de mulheres contra 3,6 milhões de homens. Assim como no caso da hipertensão, quanto maior a faixa etária maior a prevalência da doença: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.
Em relação à escolaridade, percebe-se que as pessoas sem instrução e com fundamental incompleto apresentaram maior predominância do diabetes (9,6%). Já as com superior completo apresentaram apenas 4,2% de prevalência. O Sudeste é a região com a maior proporção de diagnósticos médicos (7,1%), com 4,5 milhões de habitantes diabéticos. O Centro-Oeste aparece em segundo lugar (6,5%), com 696 mil pessoas, seguido pelo Sul - com 1,3 milhão de doentes (6,2%). Nordeste e Norte são as regiões com menor prevalência – 2 milhões de nordestinos (5,4%) e 464 mil habitantes do Norte (4,3%).
A Unidade Básica de Saúde (UBS) também foi o principal local mencionado pelos entrevistados com diabetes que receberam assistência médica nos últimos 12 meses – 47% da população com a doença, ou seja, 3,7 milhões de pessoas foram atendidas na Atenção Básica. Destes, 65,2% dos portadores da enfermidade entrevistados foram atendidos pelo mesmo médico, 95,3% conseguiram fazer todos os exames solicitados e 83,3% foram consultados com especialistas após encaminhamento.
O Programa Farmácia Popular também foi citado por 4,2 milhões de pessoas (57,4%) como a principal forma de obtenção do tratamento para o diabetes. Já a recomendação médica mais frequente para pacientes foi ter alimentação saudável (94,9%), seguida por manter o peso ideal (91,8%) e não beber em excesso (87,8%). Quando se trata das complicações de saúde mais comuns entre os que disseram ter a doença – tanto para os com mais ou menos de 10 anos de diagnóstico – destacam-se problemas de vista, os circulatórios e nos rins. 
Problema Crônico de Coluna e Colesterol chamam a atenção
A Pesquisa Nacional de Saúde traz, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que afirmam ter um diagnóstico médico de problema crônico de coluna. Atualmente, 27 milhões de adultos no país são acometidos pela doença, o que corresponde a 18,5% da população. Os problemas lombares são os mais comuns e a prevalência também é maior entre as mulheres (21%), contra 15% dos homens.
A doença crônica de coluna está diretamente ligada ao avançar da idade, atingindo 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos, indicador que aumenta para 26,6% das pessoas acima de 60 anos ou mais. No grupo com mais de 65 anos as proporções são ainda maiores, atingindo 28,9% deles. Um destaque levantado pela PNS está no fato de que 53,6% das pessoas que dizem ter a doença garantiram fazer tratamento. A maioria, 40% desse grupo, fez referência ao uso de medicamentos ou injeção, enquanto outros 18,9% praticam exercício físico ou fazem fisioterapia.
Ao contrário das demais doenças crônicas alvo da pesquisa, essa foi a única em que a prevalência foi menor na área urbana do que na rural – com percentuais de 18% e 21,3%, respectivamente. As proporções para Norte, Sudeste e Centro-Oeste, estão no mesmo patamar, com prevalência de 16,9%. O Nordeste apresentou prevalência de 19,2% e a região Sul foi identificada como a que possui os maiores índices de problemas de coluna, com 23,3% da população.
No caso do colesterol, a PNS identificou que 18,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Sendo 15,1% das mulheres e 9,7% dos homens, diferença considerada significativa. Esse fator de risco também está mais associado à população mais velha. Ou seja, 25,9% das pessoas com mais de 60 anos apresentam altas taxas de colesterol. Enquanto apenas 2,8% dos jovens com idade entre 18 e 29 anos dizem ter esse problema de saúde. 
Já a depressão, distúrbio afetivo que ocasiona queda do humor, atualmente atinge 11,2 milhões de pessoas com 18 anos ou mais no país.  O diagnóstico da doença corresponde 7,6% da população – sendo que a prevalência é de 10,9% entre as mulheres e 3,9% nos homens. A doença é mais comum entre os idosos - 11,1% entre os acima de 60 anos, enquanto 3,9% dos jovens de 18 a 29 anos relataram ter depressão. Do total dos que afirmaram receber o diagnóstico, 52% disseram usar medicamentos, 16,4% fazem psicoterapia e 46,4% receberam assistência médica nos últimos 12 meses. Em relação ao local de atendimento, 47,7% mencionaram que foram atendidas em algum serviço da rede pública – sendo 33,2% em Unidades Básicas de Saúde, 9,2% em hospitais públicos e 5,3% em Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Apresentaram maior prevalência desse os habitantes da região Sul (12,6%) e o Sudeste (8,4%). O alto índice pode ser explicado pelo fato de essas regiões concentrarem maior população de idosos.
 Ministério da Saúde atua na prevenção e no combate de doenças crônicas
 As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam como um grande problema de saúde dos brasileiros, conforme comprova a PNS. São importante causa de mortalidade no país, além causarem outras enfermidades que afetam a capacidade e a qualidade de vida da população adulta.
Por isso, o Ministério da Saúde (MS) lançou, em 2011, o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, com metas e ações previstas até 2022. Nesse contexto estão previstas a redução da mortalidade por DCNT em 25%, do consumo de sal em 30%, do tabaco em 30%, do álcool abusivo em 10%, da inatividade física em 10%, além do aumento da ingestão de frutas, legumes e verduras em 10% - com a expectativa de reduzir a hipertensão em 25% e frear o crescimento do diabetes e da obesidade.
Ainda com enfoque na prevenção e combate das doenças crônicas, o Ministério da Saúde tem investido no atendimento oferecido pela Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). O monitoramento realizado pelo Ministério permitiu concluir que quanto maior a cobertura da (ESF) menor é a proporção de internações por condições sensíveis à atenção básica, como diabetes e hipertensão. A cobertura da estratégia, que era de 49,2% em 2008, subiu para 55,3% em 2012. Já o número de internações por condições sensíveis à atenção básica, que era de 35,8% em 2008, caiu para 33,2% em 2012.
Nesse sentido, o Programa Mais Médicos levou mais de 14 mil profissionais para cerca de 3,7 mil municípios, beneficiando mais de 50 milhões de brasileiros em todo o país. Somente com esses médicos, o número geral de consultas realizadas em Unidades de Básicas de Saúde (UBS) cresceu quase 35% entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. Entre esses atendimentos, tiveram destaque os de pessoas com diabetes, que aumentaram cerca de 45%, e os de pacientes com hipertensão arterial, que aumentaram 5%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, o que mostra um maior grau de resolubilidade da Atenção Básica.
Fonte: Agência Saúde

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Controle seus genes com o pensamento

Cura de doenças com o pensamento
A coisa toda soa como a cena de Star Wars, quando o Mestre Yoda instrui o jovem Luke Skywalker a usar a força para retirar o velho X-Wing do pântano.
Marc Folcher e seus colegas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça desenvolveram um método de regulação genética que usa ondas cerebrais específicas para controlar a conversão de genes em proteínas - a chamada expressão genética.
O sistema, controlado por ondas cerebrais humanas, foi testado e funcionou em culturas de células humanas e em camundongos.
"Pela primeira vez conseguimos captar ondas cerebrais humanas, transferi-las sem fios para uma rede de genes e regular a expressão de um gene dependendo do tipo de pensamento. Ser capaz de controlar a expressão genética através do poder do pensamento é um sonho que estamos perseguindo há mais de uma década," disse o professor Martin Fussenegger.
Fussenegger espera que um implante controlado pelo pensamento possa um dia ajudar a combater doenças neurológicas, como síndrome do encarceramento, dores de cabeça crônicas, dores nas costas e epilepsia, através da detecção de ondas cerebrais específicas em um estágio inicial, usando o pensamento para desencadear e controlar a produção de determinados agentes no momento certo e no local certo do corpo.
Controle seus genes com o pensamento
O implante optogenético, que reage à luz infravermelha, talvez seja o maior avanço de todo o sistema. [Imagem: Marc Folcher et al. - 10.1038/ncomms6392]
Produção de proteínas controlada pelo pensamento
O sistema usa um capacete com sensores para captar ondas cerebrais, como em um eletroencefalograma. As ondas cerebrais são analisadas, gravadas e transmitidas sem fio via Bluetooth para um dispositivo que controla um gerador de campo eletromagnético. Esta bobina fornece uma corrente de indução para o dispositivo principal, o implante que foi testado em culturas de células humanas e em camundongos.
A corrente induzida acende uma luz no implante: um LED integrado emite luz na faixa do infravermelho próximo e ilumina uma câmara de cultura contendo células geneticamente modificadas. Quando a luz infravermelha ilumina as células, elas começam a produzir a proteína desejada.
Controle seus genes com o pensamento
Este diagrama mostra como o implante recebe as ondas cerebrais, interpreta-as e transforma-as em eletricidade para acender o LED e disparar a produção da proteína. [Imagem: Marc Folcher et al. - 10.1038/ncomms6392]

Concentração, meditação e biofeedback
O sistema foi controlado pelos pensamentos de vários voluntários. Durante os testes, os pesquisadores usaram SEAP, uma proteína humana fácil de detectar que se difunde a partir da câmara de cultura do implante na corrente sanguínea do animal de laboratório.
Para regular a quantidade de proteína produzida, os voluntários foram classificados de acordo com três estados mentais: concentração, meditação e biofeedback.
Os voluntários em concentração - eles se concentravam jogando Minecraft - induziram a produção de valores médios de SEAP na corrente sanguínea dos camundongos. Aqueles completamente relaxados - em meditação - induziram valores SEAP muito elevados nos animais de laboratório.
Para o biofeedback, os voluntários observavam o LED do implante no corpo do camundongo e então conseguiam conscientemente ligar e desligar a luz do LED, o que gerou a produção de quantidades variáveis de SEAP na circulação sanguínea dos animais, de acordo com a vontade de cada um.
"Controlar genes dessa forma é algo completamente novo e é único em sua simplicidade," explicou Fussenegger.
Implante optogenético
O implante optogenético, que reage à luz infravermelha, talvez seja o maior avanço de todo o sistema, uma vez que o controle de equipamentos pelas ondas cerebrais tem sido demonstrado em uma variedade de situações, e acender um LED está entre as mais simples delas.
No implante, a luz incide sobre uma proteína geneticamente modificada para se tornar sensível à luz, controlando a produção de SEAP no interior das células dos animais.
A luz na faixa do infravermelho próximo foi usada porque esse comprimento de onda geralmente não é prejudicial às células humanas, pode penetrar profundamente no tecido e permite que o funcionamento do implante seja monitorado visualmente.
Fonte: Site Inovação Técnologica
Bibliografia:

Mind-controlled transgene expression by a wireless-powered optogenetic designer cell implant.
Marc Folcher, Sabine Oesterle, Katharina Zwicky, Thushara Thekkottil, Julie Heymoz, Muriel Hohmann, Matthias Christen, Marie Daoud El-Baba, Peter Buchmann, Martin Fussenegger
Nature Communications
Vol.: 5, Article number: 5392
DOI: 10.1038/ncomms6392

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Pele eletrônica monitora coração e hidratação

Esta é a primeira versão de uma "pele eletrônica" que promete acompanhar segundo a segundo a saúde de pessoas sujeitas a problemas cardíacos.
Mas o material também poderá ajudar quem está simplesmente querendo cuidar da saúde da sua pele.

A pele eletrônica é uma espécie de emplastro com adesivo, dotado de milhares de células de cristal líquido que funcionam como sensores.

Pele eletrônica
Temperatura da pele
O material usa alterações sutis da temperatura da pele para determinar o fluxo sanguíneo, o que tem relevância direta para a saúde cardiovascular e para os níveis de hidratação da pele - quando a pele fica desidratada, sua condutividade termal se altera.
Com cerca de 5 centímetros quadrados, ele é colado diretamente sobre a pele, passando a monitorar a saúde 24 horas por dia, sete dias por semana.
Quando algo começa a dar errado - uma variação anormal do ritmo cardíaco, por exemplo - a pele eletrônica simplesmente muda de cor, alertando a pessoa para que ela interrompa alguma atividade excessiva que esteja fazendo, ou tome outras providências, como se dirigir a um posto de saúde.
O material também pode ser usado para monitorar condições de menor risco, como aspectos cosméticos da pele.
"Nosso dispositivo é mecanicamente invisível - ele é ultrafino e confortável - muito parecido com a própria pele," disse o professor Yonggang Huang, da Universidade Northwestern (EUA), um dos criadores da tecnologia.
Cristal líquido
Quando os sensores de cristal líquido - são mais de 3.600 deles em 5 centímetros quadrados - detectam uma alteração de temperatura, eles mudam de cor, indicando à pessoa que algo está errado.
Os testes iniciais deram resultados promissores, mas a equipe ainda não tem previsão de quando sua pele eletrônica começará a ser comercializada.
Fonte: Diário da Saúde