quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Jato de tinta imprime tecidos biológicos artificiais vivos

Jato de tinta imprime tecidos biológicos artificiais vivos

A gelatina é produzida na consistência e na resistência necessárias a cada tecido, o que permite criar de cartilagens sólidas a tecidos adiposos. [Imagem: IGB]
 
Biotecidos sintéticos

Usar tecidos artificiais é uma das grandes promessas da "medicina do futuro", eventualmente resolvendo os problemas dos transplantes e implantes.
E parece que as velhas e boas impressoras jato de tinta são suficientes para fazer a área avançar, não sendo necessário esperar por grandes inovações no campo das impressoras 3-D, por exemplo.
Cientistas do Instituto para Engenharia Interfacial e Biotecnologia, na Alemanha, conseguiram desenvolver tintas biológicas que estão sendo usadas para criar tecidos artificiais usando uma impressora jato de tinta comum, com algumas pequenas adaptações.
Os pesquisadores concluíram que a precisão já alcançada pela tecnologia jato de tinta é suficiente para a deposição controlada de células e outros biomateriais.
O que faltava era o desenvolvimento das biotintas, ou seja, dar ao material biológico que será usado para criar o tecido artificial a consistência de uma tinta que possa sair pelas cabeças de impressão de uma impressora comercial.
Este é o avanço que eles acabam de anunciar.

Biotintas

A substância é baseada em um material bem conhecido, a gelatina, que é derivada de colágeno, o principal constituinte do tecido biológico natural.
A equipe modificou quimicamente o comportamento de gelificação da gelatina para adaptar as moléculas biológicas para impressão.
Com as modificações, a gelatina permanece fluida durante a impressão, só endurecendo depois de ser irradiada com luz UV (ultravioleta), quando então o material reticula e cura, formando hidrogéis.
Todo o processo é controlável, permitindo obter a gelatina na consistência e na resistência necessária a cada tecido, o que permite criar de cartilagens sólidas a tecidos adiposos.
Outra possibilidade é criar apenas o suporte, ou andaime, que imita a matriz extracelular, só posteriormente inserindo as células vivas na estrutura, possibilidade que foi demonstrada por uma equipe australiana no ano passado.
 
Jato de tinta imprime tecidos biológicos artificiais vivos
Estes são os primeiros testes na impressão de um sistema vascularizado artificial. [Imagem: E. Poschl/UEA]
 
Jato de biotinta

As impressoras usadas são praticamente as mesmas usadas em casa ou no escritório: os reservatórios de tinta e os jatos de impressão são exatamente iguais.
As diferenças estão em um aquecedor no recipiente de tinta, para manter a temperatura adequada de 38º C e no número de jatos acionados, que é menor do que na resolução máxima de uma impressora comum.
O grande desafio no momento é a produção de tecido vascularizado, ou seja, tecidos biológicos artificiais que tenham seu próprio sistema de vasos sanguíneos, por meio do qual o tecido possa receber nutrientes.
A equipe já está trabalhando nisto, usando as mesmas técnicas de geração das biotintas, mas, neste caso, aplicando-as por meio de impressoras 3D.
 
Fonte: Site Inovação Tecnológica
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gestão de Riscos Regulatórios e mais

Por Roberto Latini 
9 de dezembro de 2013 08:39


Pesquisas recentes sobre Gestão de Riscos Corporativos realizadas por algumas das maiores consultorias de gestão do mundo (Accenture, KPMG, e BDO) divulgadas num caderno especial do jornal Valor, de 27/NOV/13, apontam os RISCOS REGULATÓRIOS no topo da lista de riscos potenciais e que podem afetar os negócios e a reputação das empresas.
No texto da repórter Érica Polo, é citado que de 60 executivos entrevistados, apenas 18% consideram que os Presidentes das empresas em que trabalham dão prioridade ao gerenciamento de risco e que 35% dos conselhos de administração dessas mesmas empresas priorizam o tema da gestão de riscos.
Portanto, fica muito claro se constatar que o tema da Gestão de Riscos não é uma prioridade na vida da maioria das empresas, especialmente quando consideramos que no universo brasileiro, a grande maioria delas é formada por pequenas e médias empresas, onde a cultura da gestão dos riscos é ainda menos capilarizada, desenvolvida e divulgada.
Vale lembrar que o ambiente regulatório e legal é dinâmico. O que vale hoje poderá não valer amanhã. Portanto, o monitoramento constante é uma das ações a serem implementadas nas empresas do setor regulado.
O setor privado sempre andou e anda mais rápido do que os reguladores poderão prever e legislar sobre o tema. E isso é um fator crucial a ser lembrado e de amplitude mundial. Os produtos, as tecnologias, as indicações de uso dos produtos, suas fórmulas, a forma de descarte, etc., devem se enquadrar na legislação e no sistema regulatório existente. E as Associações de Classe devem fazer o trabalho de entender as necessidades específicas de seus associados e propor aos agentes reguladores, anteprojetos de normas e leis que atendam às necessidades futuras, ao menos cinco anos à frente. De outra forma, os lançamentos correm o risco de ficar estagnados, com perdas financeiras e demora no lançamento de novas tecnologias.
Lembro que no caso brasileiro, a Lei 6360/76, por assim dizer, a mãe do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, é de 1976, um tempo em que 95% das tecnologias médicas usadas hoje sequer eram imaginadas. Portanto, o trilho é de bonde e tentamos fazer correr nele um trem de alta velocidade. Obviamente há uma série de mecanismos anacrônicos que estagnam e atrasam as aprovações.
Um mecanismo importante a se considerar é a realização constante de auditorias internas (due diligence) periódicas envolvendo as áreas sensíveis, em especial a de Assuntos Regulatórios, comumente relegada a terceiro plano. Quando pergunto nas empresas com que frequência ocorrem reuniões de vendas, geralmente a resposta é: semanalmente. E as do sistema de qualidade e regulatório: anualmente. Assim não funciona. Se os produtos a serem vendidos são regulados e a empresa em si opera no setor regulado, por que é que não se dá a necessária atenção a esse tema? Sem o registro não se vende. Ao menos não de forma legal.
Outro ponto importante a se considerar é o tema da CORRUPÇÃO. Esse assunto também deverá entrar definitivamente nos radares das empresas a partir de 2014, quando entre em vigor a lei Anticorrupção no Brasil. É fato que a Corrupção é maior nos setores regulados. Não somente no Brasil, mas no mundo. Esse também é um enorme fator de risco a ser considerado pelas empresas, pois a lei prevê muitas formas de responsabilização dos gestores. Some-se a isso o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA)dos Estados Unidos e o UK Bribery Act da Inglaterra, além de outras legislações em países específicos. Em recente publicação do Relatório da ONG Transparência Internacional (Índice de Percepção de Corrupção 2013), o Brasil caiu no ranking de 69º lugar em, 2012 para 72º em 2013, entre 177 países pesquisados, atrás de países como Lesoto ou Botsuana.
Portanto, preparar mecanismos anticorrupção, abrir canais internos de denúncias e tratar o tema de forma realmente séria e profunda pode evitar grandes dores de cabeça num futuro próximo. Os próprios concorrentes se encarregarão de monitorar o cenário e de fazer as vezes de denunciantes junto às autoridades constituídas. Ex-funcionários envolvidos em corrupção poderão se tornar importantes armas contra aquelas empresas que corrompam agentes públicos. As empresas devem trabalhar de forma muito próxima aos seus departamentos de Assuntos Regulatórios E Jurídicos.
Como se vê, o tema da GESTÃO de RISCOS é ampla, complexa e demanda tempo, energia e investimentos. É preciso ter pessoal preparado e recursos à disposição. Quem não prestar atenção e não priorizar esse assunto, poderá ter ingratas surpresas e perder mercados rapidamente num futuro bem próximo. Quem fizer a lição de casa, certamente sairá na frente e ganhará terreno.

Fonte: http://saudeweb.com.br/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Biotinta com células imprime tecidos vivos

Células a jato

Cientistas já haviam apresentado o conceito da bioimpressão, usando materiais biologicamente compatíveis para a construção de primórdios de um sistema vascular artificial.
Agora eles deram um passo há muito esperado, demonstrando que é possível criar tintas com células vivas, sobretudo células que permanecem vivas durante o processo de impressão.
"As primeiras biotintas usadas na impressão celular a jato de tinta eram simplesmente soluções salinas," explica Marc in het Panhuis, da Universidade de Wollongong, na Austrália.
A concentração salina compromete a viabilidade das células, que também se agregam, entupindo o bocal de disparo do jato.
Biotinta com células imprime tecidos vivos
Em vez de papel, a bioimpressão usa uma colágeno, um substrato macio e úmido que funciona como um colchão para as células, evitando sua desidratação. [Imagem: Ferris et al./Biomaterials Science]



Tinta biológica

Os pesquisadores australianos usaram um biopolímero e dois surfactantes para distribuir as células vivas e reduzir a tensão superficial, otimizando a impressão a jato de biotinta.
A vantagem do biopolímero é que, além de evitar a agregação das células, sua maior densidade protege as células de danos mecânicos impostos pelas forças envolvidas no seu disparo e fixação na superfície definitiva.
"Nossa biotinta permitiu imprimir vários tipos de células em longos períodos de impressão, sem precisar mudar a cabeça de impressão e sem precisar reabastecer as soluções contendo as células," disse Panhuis.
Em termos práticos, isso significa que não é preciso ficar chacoalhando os cartuchos para garantir que as células permaneçam distribuídas de forma homogênea na biotinta.

Componentes biônicos

A equipe imprimiu as células vivas para que elas formassem padrões específicos em um colágeno, um substrato macio e úmido que funciona como um colchão para as células, evitando a sua desidratação.
A impressão jato de tinta já foi adaptada para fabricar microcircuitos eletrônicos e até lasers.
Imprimir tecidos vivos, contudo, é muito mais complicado e, para que a tecnologia seja totalmente prática, os cientistas terão que inventar formar de suprir oxigênio e nutrientes para que as células permaneçam vivas por longos períodos.
Quando eles conseguirem isto, a tecnologia poderá ajudar a criar componentes biônicos e eventualmente tecidos para implantes durante procedimentos médicos.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Bibliografia: Bio-ink for on-demand printing of living cells
Cameron J. Ferris, Kerry J. Gilmore, Stephen Beirne, Donald McCallum, Gordon G. Wallace, Marc in het Panhuis
Biomaterials Science
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C2BM00114D

domingo, 24 de novembro de 2013

Implante neural funcionará como bluetooth do cérebro

Inteligência biológica

A maneira como o corpo humano tem-se mostrado compatível com a evolução tecnológica tem sido descrita pelos cientistas como uma espécie de "inteligência biológica".
Por exemplo, como o organismo é capaz de absorver substâncias estranhas e incorporá-las, como se dele fizessem parte.
Os implantes de titânio, elemento químico da família dos metais, revolucionaram os tratamentos dentários há quinze anos. Os polímeros, usados também há algum tempo para encapsular diversos medicamentos que ingerimos, são aceitos pelo nosso corpo sem nenhuma rejeição ou efeito colateral.
Mas esses exemplos e esses materiais já soam um tanto prosaicos se comparados com a ambição de um time de várias universidades, coordenado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da USP.
Eles pretendem nada menos que implantar um chip no cérebro que seja capaz de enviar sinais do córtex motor para um dispositivo fora do corpo, abrindo a possibilidade de devolver os movimentos a membros do corpo humano sem funcionamento.


Implante neural funcionará como bluetooth do cérebro
A ideia dos pesquisadores brasileiros é manter a precisão dos chips neurais, mas eliminar qualquer necessidade de conexão física entre o chip e o exterior - essencialmente, um sensor neural wireless. [Imagem: ICMC/www.biodigitalhuman.com]
 



Interface neural implantável

Já são comuns os experimentos de equipamentos "controlados com o poder da mente", de próteses robotizadas até cadeiras de rodas e computadores.
A "leitura dos pensamentos" - para detectar a intenção do usuário e acionar o equipamento - é feita por meio de chips neurais ou de sensores eletromagnéticos usados externamente, na forma de um capacete. Estes não são tão precisos, enquanto aqueles são muito invasivos.
A ideia dos pesquisadores brasileiros é manter a precisão dos chips neurais, mas eliminar qualquer necessidade de conexão física entre o chip e o exterior - essencialmente, um sensor neural wireless, capaz de ler os impulsos nervosos diretamente dos neurônios e transmiti-los para o equipamento externo a ser controlado por meio de ondas de rádio.
O projeto conta com um chip já com uma antena integrada, criando um dispositivo conhecido como interface neural implantável - algo que pode, segundo a equipe, ser entendido metaforicamente como um bluetooth do cérebro.

Implante neural funcionará como bluetooth do cérebro
Imagem ilustrativa da Interface Neural Implantável, que será fabricada com carbeto de silício. [Imagem: Mário Alexandre Gazziro]


Carbeto de silício

O material eleito para a criação dessa interface neural é o carbeto de silício (SiC).
Embora o carbeto de silício seja considerado uma espécie de primo pobre do silício, o material apresenta biocompatibilidade e possui propriedades semicondutoras e, ao mesmo tempo, cerâmicas, sendo três vezes mais flexível e resistente do que o silício.
O professor Stephen Saddow testou vários materiais antes de optar pelo carbeto de silício.
O primeiro candidato natural foi o silício, mas o material só conseguiu permanecer em um organismo por alguns meses.
A segunda tentativa foi encapsular o silício com cerâmica. Porém, alguns anos depois, a rejeição das células humanas ao material levou ao insucesso. "Pessoas não podem fazer cirurgias no cérebro a cada cinco anos. Primeiro, porque, a cada cirurgia, tecidos do cérebro são mortos e danificados. Segundo, porque elas não terão condições de arcar com esse custo", justifica Stephen.
Com o SiC, entretanto o cenário é outro. Experiências em seres humanos ainda não foram feitas, mas nos testes in vitro - feitos com células de seres humanos, analisadas em placas de Petri, os resultados com o carbeto são animadores.
"Até o momento, não houve reação ao SiC. Se compararmos com o tempo de resposta dos outros materiais testados, como o silicone, a rejeição química das células humanas ocorreu em alguns dias. A experiência com o SiC foi feita há um mês e até o momento não houve nenhuma reação química às células", comemora Stephen. "Mesmo que um mês não sejam 15 anos, essa primeira resposta é muito promissora".

Economizando energia no cérebro

Outro fator crítico no desenvolvimento da interface cerebral sem fios é o consumo de energia.
Se, de um lado, quanto maior é a quantidade de eletrodos, melhor é a precisão dos movimentos realizados, por outro mais eletrodos representam maior consumo.
Segundo o professor Mário Alexandre Gazziro, o ideal seriam 100 eletrodos para diversos graus de liberdade, enquanto com 1.000 eletrodos é possível reproduzir os graus de movimento complexos de uma mão, com todas as articulações dos dedos.
"Vamos começar com três eletrodos, possibilitando movimentos com poucos graus de liberdade," diz Gazziro. Depois, com o avanço do trabalho, "a redução do consumo de energia permitirá a inclusão de mais eletrodos, sendo que esse será sempre um fator a otimizar na interface [neural]."
O projeto tem duração prevista de cinco anos, embora as aplicações práticas da interface neural sem fios devam demorar mais.
"Minha esperança é que consigamos fechar os testes com humanos em seis anos. Se atingirmos essa meta, o chip irá para o mercado mais rapidamente," disse o professor Stephen. "Para que as Interfaces Neurais Implantáveis estejam no mercado, a previsão mais realista é de dez a vinte anos."
Mas, para aqueles que até hoje só puderam acompanhar na ficção a recuperação de movimentos, em princípio irreversíveis, já há algum motivo para comemoração. Ao que tudo indica, a espera valerá a pena.

Fonte: Inovação Tecnológica

domingo, 17 de novembro de 2013

Orelha artificial impressa em 3D com células vivas

Bioimpressão

Em um feito marcante da área da bioengenharia, pesquisadores usaram impressoras 3D  e moldes injetáveis para criar uma orelha artificial similar à orelha natural.
Segundo Alyssa Reiffel e seus colegas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, "a orelha artificial se parece e se comporta com uma orelha natural".
O órgão artificial foi fabricado usando géis feitos de células vivas, dispostos no formato adequado usando uma impressora 3D.
Ao longo de um período de três meses, as orelhas artificiais cresceram cartilagem para substituir o colágeno usado para moldá-las.
Como serão usadas células dos próprios pacientes, praticamente elimina-se o risco de rejeição do órgão artificial.

Implante de orelha

Segundo o Dr. Jason Spector, coautor do trabalho, a nova orelha é a solução que os cirurgiões que trabalham com reconstrução há muito esperavam para ajudar crianças com nascem com deformidade nas orelhas.
A incidência da microtia ("orelha pequena", em latim) é de 1 a 4 para cada 10.000 nascimentos por ano.
Hoje, as orelhas para implante são fabricadas com materiais com uma consistência semelhante ao isopor, ou, em alguns casos, os cirurgiões precisam construir as orelhas de tecidos recolhidos do próprio paciente. A operação é complicada e muito dolorosa sobretudo para as crianças, e os ouvidos raramente parecem completamente naturais e nem tampouco funcionam como tal.
"Uma orelha de reposição biofabricada como esta também poderá ajudar pessoas que perderam parte ou todo o seu ouvido externo em acidentes ou devido a um câncer," acrescentou Spector.

Fabricando uma orelha artificial

Impressora 3D usa células vivas para criar orelha artificial
Para fabricar as orelhas artificiais, os pesquisadores começaram com uma imagem 3D digitalizada de uma orelha humana, e converteram a imagem em um ouvido "sólido", usando uma impressora 3D para criar um molde.
O gel de alta densidade, feito com células vivas, assume uma consistência semelhante à gelatina.
Um colágeno serve como suporte sobre o qual a cartilagem pode crescer depois que o molde é removido.
O processo é bastante rápido.
"É preciso metade de um dia para desenhar o molde, um ou dois dias para imprimi-lo, 30 minutos para injetar o gel, e nós podemos remover a orelha 15 minutos mais tarde. Nós cortamos a orelha e a deixamos em meio de cultura com nutrição por vários dias, antes que o ouvido possa ser implantado," explicou Lawrence Bonassar, outro membro da equipe.
Na verdade, ainda não foram feitos implantes com a orelha biofabricada - os pesquisadores esperam fazer todos os testes, a fim de obter autorização para fazer o primeiro implante da orelha artificial em humanos, nos próximos três anos.

Fonte: Site Inovação Tecnológic

Bibliografia:

High-Fidelity Tissue Engineering of Patient-Specific Auricles for Reconstruction of Pediatric Microtia and Other Auricular Deformities
Alyssa J. Reiffel, Concepcion Kafka, Karina A. Hernandez, Samantha Popa, Justin L. Perez, Sherry Zhou, Satadru Pramanik, Bryan N. Brown, Won Seuk Ryu, Lawrence J. Bonassar, Jason A. Spector
PLoS ONE
Vol.: Published online
DOI: 10.1371/journal.pone.0056506

domingo, 3 de novembro de 2013

Médico brasileiro transmite cirurgia usando o Google Glass

Primeira experiência do tipo conduzida no Brasil - Hospital São Camilo de Salto, em São Paulo - utilizou dispositivo para orientar cirurgia a distância e aumentar recursos de cirurgiões

Um médico do Hospital São Camilo, de Salto, no interior de São Paulo, foi o primeiro no Brasil a utilizar o Google Glass – óculos inteligentes do Google – para transmitir uma cirurgia em tempo real, via web. Miguel Pedroso utilizou o acessório durante uma laparoscopia colectomia direita, procedimento para a retirada parcial do cólon (porção do intestino grosso), realizada no último dia 25 de outubro.
A consultoria especializada Onoffre Consulting e o Instituto Lubeck, especialista em ensino e pesquisa de cirurgias laparoscópicas, foram parcerias do hospital para a experiência. Pedroso usou o equipamento para duas simulações. Na primeira, transmitiu vídeos do procedimento cirúrgico para uma sala de aula, sendo orientado pelo cirurgião Mauro Pinho, que orientava o procedimento à distância – sendo observado pelos alunos do Lubeck.
Na segunda, Pedroso assistiu no próprio Glass vídeos pré-gravados de instrução para laparoscopias. Os vídeos didáticos buscam orientar um médico com pouca experiência neste tipo de procedimento, dando-lhe mais segurança. Para Pedroso, o uso do acessório significa uma “nova era” para a telemedicina.
Em seu canal no YouTube, a Onoffre Consulting publicou um vídeo com detalhes da experiência. Veja abaixo:


Fonte: SAÚDEweb

domingo, 20 de outubro de 2013

Implantes médicos vão trocar baterias por eletricidade sem fios

Marca-passos sem baterias
Pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) demonstraram que é possível eliminar as baterias dos implantes médicos, incluindo os marca-passos cardíacos.
Embora muito eficientes, os marca-passos exigem cirurgias de manutenção periódicas, com todos os riscos normais de uma cirurgia, agravados pela condição intrinsecamente frágil do paciente.
Isso poderia ser eliminado se não fosse necessário trocar periodicamente as baterias desses implantes.
A equipe da Dra Ada Poon demonstrou que é possível alimentar um marca-passos usando um aparelho que recebe a eletricidade transmitida do lado de fora do corpo, sem usar fios.

Receptor de eletricidade
Os pesquisadores fabricaram um aparelho de recepção de energia do tamanho de um grão de açúcar - um cubo com 0,8 milímetro de lado - e simularam sua implantação no peito de um homem adulto, a uma profundidade de cinco centímetros.
Essa distância é inédita nos experimentos de transmissão de eletricidade sem fios.
A eletricidade é enviada para dentro do corpo usando um aparelho externo de alta frequência, que pode ser focalizado para atingir precisamente o emissor.
A miniaturização extrema do receptor foi possível porque há uma relação inversa entre a frequência das ondas transmitidas e o tamanho da antena que deve recebê-las.
Ou seja, para enviar um determinado nível de potência, ondas de baixa frequência exigem grandes bobinas para recepção da energia. Já as altas frequências podem trabalhar com bobinas menores.
Como o marca-passos e outros implantes exigem pouquíssima energia, é possível usar um aparelho tão pequeno.

Implantes médicos vão trocar baterias por eletricidade sem fios
O minúsculo receptor aqui já aparece montado sobre o chip completo a ser implantado, com o conjunto alcançando 12 milímetros quadrados.[Imagem: Ada Poon/Stanford University]
Contra o consenso
Para isso, contudo, a Dra Ada teve que contradizer todos os cientistas.
A "verdade científica" aceita até então dizia que ondas de alta frequência não conseguem penetrar no corpo humano, o que fez muitas equipes desistirem da transmissão sem fios para implantes médicos.
Ignorando o consenso, a pesquisadora revelou que os modelos estavam errados.
O tecido humano dissipa campos elétricos rapidamente, é verdade, mas as ondas de rádio podem viajar de uma forma diferente, com ondas alternantes de campos elétricos e magnéticos. Com as equações corretas em mãos, a Dra Ada descobriu que os sinais de alta frequência viajam muito mais profundamente do que se suspeitava.
"Na verdade, para alcançar uma maior eficiência, é realmente vantajoso que o tecido humano seja um condutor elétrico muito pobre.", disse Sanghoek Kim, responsável pelos experimentos. "Se fosse um bom condutor, ele poderia absorver energia, aquecer e impedir que energia suficiente atingisse o implante."
De acordo com os novos modelos, os pesquisadores descobriram que a potência máxima transferida através dos tecidos humanos ocorre a cerca de 1,7 bilhão de ciclos por segundo (1,7 GHz).
"Nessa faixa de alta frequência, podemos aumentar a transferência de energia em cerca de dez vezes em relação aos dispositivos anteriores," finaliza a pesquisadora.

Implantes médicos vão trocar baterias por eletricidade sem fios
Os pesquisadores desmentiram o consenso científico sobre a transmissão de ondas eletromagnéticas pelo corpo humano. [Imagem: Kim et al./APL]
FONTE: Site Inovação Tecnológica
Bibliografia: Wireless power transfer to a cardiac implant
Sanghoek Kim, John S. Ho, Lisa Y. Chen, Ada S. Y. Poon
Applied Physics Letters
Vol.: 101, 073701
DOI: 10.1063/1.4745600

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quatro países terão ação conjunta em produtos para a saúde

Em janeiro de 2014 começa a ser testado um projeto piloto de auditorias para a área de produtos para a saúde de quatro países: Brasil, Estados Unidos, Canadá e Austrália.

O Diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, divulgou a informação hoje (15/10) em reunião pública da Diretoria Colegiada da Agência.

As agências reguladoras dos quatro países assinaram termos de cooperação e se comprometeram a desenvolver um documento que tenha um eixo comum aos países envolvidos para que os aspectos mais importantes da legislação de todos eles sejam observados nas auditorias.

“Esta iniciativa representa a confiança dos governos dos países envolvidos na seriedade do trabalho realizado por suas agências reguladoras. Além disto, significa uma economia importante de custo financeiro e humano”, disse Barbano.

Os últimos entendimentos entre as partes ocorreu durante viagem de Dirceu Barbano à Washington DC, nos Estados Unidos, em setembro.

O Diretor presidente da Anvisa informou também que está em fase final de redação um documento de coalizão discutido com cerca de 30 agências internacionais de regulação de medicamentos. O documento será apresentado em novembro, na Holanda, durante encontro anual dos líderes de agências de medicamentos.

Outro resultado positivo da missão internacional da Anvisa à Washington DC foi o compromisso assumido pelo Centro de Controle do Tabaco da Food Drogs Agency (FDA) em colaborar com o Grupo de Trabalho criado na Anvisa para analisar os aditivos dos produtos fumígenos.
FONTE: Imprensa/Anvisa